Com a Flor de Lótus, mergulho nessa magia, vou descobrindo eldorados e construindo a folia!

Que Netuno nos proteja, Iemanjá nos ilumine e Iara nos seduza nesse mergulho encantado... “Passeando” pelo Mar, encontramos lendas, histórias, fatos e acontecimentos associados a sua existência... Juntando tudo isso em uma grande festa, construímos nosso Carnaval, contando, cantando e encantando com essa linda parte do Planeta, o Mar!

“O mar, misterioso mar”, Segredo infinito, gigante desconhecido, “guardião” de vários segredos, mitos, lendas e histórias... O Mar, de Netuno, Rei dos Mares, que do alto de sua grandeza, apoiado em seu tridente, comanda todo o seu reino... De Iara, Senhora das Águas, mulher encantadora, na verdade, uma sereia que atraí os homens com seu canto e beleza... Com sua voz doce e bela, seduz o homem, que ao ouvir seu canto, morre de amores por ela e é levado para o fundo das águas...

Mar, das águas que salvam e purificam, águas cristalinas, das primeiras formas de vida, mas, ao mesmo tempo, da morte, das águas negras e profundas, das tempestades... Mar, A(mar)... Mar de vida, de morte e Mar de Amor? Será que existe? Não se sabe, mas talvez ele realmente seja um sinal de romantismo, de tantas músicas, textos, poemas e histórias românticas com palavras associadas ao Mar, como Maré, Maresia...

Mar, de histórias, poemas... e lendas. Várias lendas envolvem a criação do Mar, entre elas, uma indígena, onde um poderoso chefe, Yaia, teve a desventura da morte de seu filho, e no desenrolar da história nasceu o mar... Outra lenda, uma africana, relacionada aos Orixás, a qual conta que o Mar teria nascido de uma triste história, onde Exu tenta violentar Iemanjá, então, do seu seio dilacerado brotou água salgada, surgindo o mar...

“Mar de Encantos”, Mar de amores, Mar de Rosas... Afinal, quem nunca ouviu falar da metáfora “Um Mar de Rosas”? Muito utilizada para comparar a vida humana ao mar, dizendo que nem tudo é como se deseja, “que nem tudo são flores”, que assim como o mar, a vida também tem seus problemas... Mar de Atlântida, o “Reino perdido”, uma cidade perfeita, habitada por navegadores, muito a frente de seu tempo, porém, por diversos motivos fora submersa...

Mar de livros e filmes, de monstros que atacam seres humanos e fazem deles alimentos... Mar da música, de Caymmi, de Gil, de Clara Nunes... Mar do Rio, do Rio de Janeiro, que “continua lindo”, “continua sendo” aquele de sempre, de belezas mil, das escolas de Samba, que também já abordaram o Mar em seus desfiles, resultando em belíssimos carnavais...

Mar da história, do mundo, do Novo Mundo... Mar, que já gerou tanto medo, tantas histórias... Das Grandes Navegações, dos Navios Negreiros, que transportavam negros da África, atravessavam o mar cheios de tristeza, de dor, de lágrimas, de sofrimento...

Mar da preservação, da Natureza... Aquele de sempre, mas que nunca é o mesmo... Mar que se não for cuidado, será morto... Soltando um grito de alerta, de cuidado com a Natureza a Flor de Lótus encerra seu desfile, clamando por um mundo melhor!